sexta-feira, 13 de julho de 2012

insónias

estou na cama há quase quatro horas. não consigo dormir e o meu despertador está programado para me acordar daqui a duas horas. 
não consigo dormir. 
e o meu cérebro que não volta?
o meu coração que não sara?
quando pensei que tudo se estava a compor, que o temível último ano não seria assim tão temível... volto (quase) à estaca zero. à falta de vontade de acabar, à vontade de só desistir e baixar os braços. 
quando o meu coração já começava  a ficar quieto e sossegado no seu sítio, porque já estava na hora de colocar as memórias no seu lugar - no passado - ele volta a deixar-se enganar.
mas porquê? porquê? não foi já suficiente o que passaste? tinhas de te envolver assim? tinhas de entrar nesse labirinto sem saída? pois é. neste novo caminho que o meu coração resolveu trilhar (sem ter tido oportunidade de ouvir o meu cérebro, já que o excelentíssimo está em licença sabática), não há uma entrada e uma saída. 
não. neste labirinto, a única hipótese possível é voltar atrás. e, no fim deste caminho, fechar a sete chaves esta porta. 
porque qualquer desculpa é boa para eu a abrir.

domingo, 8 de julho de 2012

As saudades são uma coisa lixada, tão lixada que só vivemos realmente bem com elas quando as conseguimos matar. *

tenho saudades tuas.
saudades do "onde tas? daqui a 5 minutos estou aí!". de sentir que fazia parte do teu mundo.
neste ano meio perdido, que eu tanto gostava de apagar da memória, tu estás a salvo.
fiques ou não para sempre, irei recordar-te como a minha lufada de ar fresco. uma especie de bóia de salvação. 
tenho pena que as coisas estejam diferentes. não sei se é pelo que um dia te disse. ou se simplesmente desististe de mim. 
nem sei sequer se fará diferença a razão (há uma razão, certo?). quer seja uma ou outra, eu dei uma boa contribuição para tal. mas a que me chateia mais é a segunda sabes? porque, ao ver-te desistir de mim, nada fiz que o pudesse contrariar. e é como se te tivesse desapontado como nunca desapontei ninguém. ninguém como tu.













http://obomomaueovilao.blogspot.pt/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ps 1: disto = dito + isto
ps 2: texto bonito? bonito? WTF???

cão rafeiro

epá, hoje isto não tá fácil. tou com um péssimo humor, tenho exame daqui a dois dias e a cabeça em água.
isto está tão mal, que as minhas fases de mau humor se cruzam com umas pequenitas gargalhadas, ou então com uns cantoricos.
acho que nunca tinha disto aqui, mas quando estou nervosa/chateada/mal humorada dá-me pra cantar. não haveria problema nisso (e pra mim não há, só pra quem ta à volta), o problema é que eu canto mal. muito mal. mas eu gosto, que se lixe!
isto não ta a fazer sentido nenhum, pois não? se calhar tou pior do que achava (estou pois, que se tivesse bem até a minha escrita tava melhor!).
e estou com vontade de rir, neste preciso momento!
dio mio, eu sei que o 10 pára no sobral cid! eu sei, eu sei.
estou a precisar de escrever um texto bonito, que há demasiada informação para eu por em ordem... e pra isso preciso de escrever. mas hoje não vai acontecer. nem o meu pensamento consigo por em ordem.
vá, ana, pensa em registos. registos. exame. estudar.
registos. exame. estudar.
VAI ESTUDAR lontra!!



terça-feira, 20 de março de 2012

Sim, está tudo bem! Mas...

Há sempre um "mas".
Está tudo bem, sim. Mas isso é só até estar no mesmo espaço que tu mais do que uns minutos.
A isto eu chamo a bela da recaída!
A tua presença tem o mesmo efeito em mim que um chuto de heroína tem num viciado. A tua presença é a minha dose de felicidade e de ânimo. Quando vais embora levas contigo tudo isso... deixando só saudade.

Mas basta eu estar uns tempos sem ti, que tudo passa. E fico bem. Estou eu a ficar mesmo, mesmo bem e tu voltas.

Tu és o meu "mas".

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sem norte

"O teu ano vai ser uma merda".

Foi a sentença que tu me deste, há já largos meses.
Quando havia um nós e quando eu disse que não ia de Erasmus. Quando eu disse que a C ia e eu ficava cá, sem a minha pessoa, sem o meu pilar. E eu disse-te que não, que ficava bem, mas sem te dar a razão.
E a razão sabia-a eu bem, apesar de a tentar esconder (de ti ou de mim, nem eu sei) .
Desde o primeiro dia de curso que eu me lembro de dizer que queria ir de Erasmus.
E que queria. E que ia. E que queria. E que ia.

Mas fiquei. E fiquei por ti. Por nós. Porque sabia que se fosse ficava sem ti.
Sei que sem te ter dito isto directamente tu o sabes. E por isso me tentaste sempre persuadir. Mas eu não cedi. Se havia coisa certa naquele momento era o que eu sentia. E o que eu não queria perder.

E eu ia ficar bem mesmo sem uma das duas pessoas que me conhecem mesmo, que sabem o que eu sinto sem ter de proferir palavra.
Porque tu ficavas cá comigo. Porque eu sabia que te tinha aqui para me agarrares a mão quando eu me sentisse perdida. Para me secares as lágrimas quando eu sentisse saudade. Para te rires comigo!

Mas acabou. Saíste assim da minha vida. E eu fiquei numa espécie de limbo.

Não ter ido de Erasmus não foi culpa tua! Foi minha, só minha. E por isso dói mais. Fere. Porque o arrependimento mata. Corrói-me todos os dias.
Faz-me confusa. Perdida. Sem norte.
Sem vontade de fazer o que quer que seja com alma. Sem vontade de dar tudo por tudo. De ser genuína. Sem vontade de acreditar.
Acreditar que pode voltar a acontecer. Que posso voltar a sorrir com alma.

"O teu ano vai ser uma merda"!
Odeio-te por isto ! Odeio que o tenhas dito! E odeio ainda mais o facto de não me sair da cabeça um único dia!

Porque está, de facto, a ser uma merda.








segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Vontade

Ou falta dela.
Ao fim de quase quatro anos de curso a vontade foi-se embora. Abandonou-me. Ou eu deixei-a fugir, muito provavelmente.
Mesmo no meu ultimo ano. Mesmo quando estou a meses de acabar a minha licenciatura. Vai-se a vontade, a motivação.
Nao quero saber de aulas, frequências e exames. Nao quero saber da faculdade.
Nao sou a ser a melhor das amigas. Nao me preocupo muito comigo nem com os meus.

Merda!
Sim. Merda!